Desenho universal, prática pedagógica e inteligência artificial: caminhos para uma educação inclusiva

Abstract

A Educação Inclusiva propõe um modelo de ensino que valoriza as diferenças humanas e promove igualdade de oportunidades no ambiente escolar. Essa abordagem exige a revisão das práticas pedagógicas, reconhecendo que cada indivíduo aprende de forma singular e é capaz de desenvolver-se por caminhos distintos (Montoan, 2022). Para efetivar essa transformação, é necessário romper com modelos tradicionais e adotar propostas que superem barreiras convencionais. Nesse cenário, o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) surge como alternativa teórico-metodológica, oferecendo flexibilidade na apresentação dos conteúdos e ampliando o acesso ao conhecimento. A inteligência artificial (IA) também se destaca como ferramenta promissora na promoção da inclusão, permitindo a personalização do ensino conforme as necessidades dos alunos. Tecnologias como tutores virtuais, sistemas de recomendação e softwares de reconhecimento de fala contribuem para tornar o ambiente educacional mais acessível e inclusivo. O estudo, baseado em Prais (2017) e Sebástian-Heredero, Prais e Vitaliano (2022), adota uma abordagem qualitativa e estudo de caso em três escolas privadas de Petrópolis, RJ. Os dados preliminares indicam que, embora reconhecida como proposta transformadora, a Educação Inclusiva ainda é frequentemente confundida com Educação Especial, tratada como modalidade separada. Isso revela a distância entre o ideal inclusivo e a prática cotidiana das instituições brasileiras. Superar esse desafio exige reconhecer a diversidade como valor educativo e implementar práticas que garantam a participação efetiva de todos os estudantes, independentemente de suas condições físicas, cognitivas ou sociais.